15 março 2010

O Casamento!

No nosso último encontro estivemos a reflectir sobre uma texto que nos fala do Casamento Cristão!
Foram muitas as questões que se levantaram, mas muitas também as propostas que sentimos serem claras para o caminho que deve ser percorrido. Um caminho de relação em Cristo que não tem apenas momentos de céu aberto, mas em que deve envolver esforço da abertura, da partilha e unidade que devem ser mantidos pela Graça do Sacramento do Matrimónio.

"Ao longo dos últimos milénios o amor tem estado no pensar dos filósofos, nos escritos dos poetas e nas canções dos músicos. Mas há sempre coisas novas para dizer. As ideias são sempre pouco claras diante das coisas importantes da vida humana. Ao nível da fé sabemos que o pecado e a fragilidade humana escondem o amor (reflexo e imagem de Deus) entre nas nossas relações. Por isso é importante ter claro de que falamos nós os cristãos quando falamos de casamento, amor e família. Esse amor deve ter as marcas de Deus. Por isso há quatro condições (liberdade, fidelidade, permanência e fertilidade) para que uma relação de casamento tenha um sentido pleno."

Saibamos pois perceber e ajudar a alertar quem nos rodeia que o Casamento nasce da nossa liberdade para nos devolve-la no compromisso. Que liberdade não implica ausência de esforço, nem falta de compromisso.
Saibamos que a fidelidade é muito mais do que não manter uma outra relação, mas o compromisso diário à construção de uma relação em Cristo que não permite fecharmo-nos para o outro.
Saibamos que envolve o risco da compreensão e da rejeição, mas que dia após dia se baseia também na Fé e no esforço para acompanhar a evolução própria das relações, sabendo olhar para elas com novos olhos, com empenho e dedicação.
Saibamos que envolve a fertilidade, e a graça do dom do amor que se torna tantas vezes dom da vida, por meio dos filhos, com as responsabilidades inerentes à paternidade e à maternidade! =)

1 comentário:

Paula Sofia disse...

Um dia deste uma amiga partilhou comigo um email, um testemunho de alguém, que considero tão actual e verdadeiro, e tem tudo haver com este tema que não resisti em partilhar:

“O café da manhã que a mãe preparava era maravilhoso!
Embora fossemos uma família humilde, minha mãe sempre preparava com muito carinho a 1ª refeição do dia.
Era o ovo frito com pão, outro dia era o ovo escaldado, depois era o bife com pão, linguiça com ovo e pão…
Tudo feito com simplicidade.

Ao acordar, naquela manhã, quando retornei da lua-de-mel, para ir para o trabalho, pensei que encontraria a mesa posta, o café da manhã preparado.
Como estava acostumado na casa da minha mãe, pensei que acordaria com aquele gostoso cheirinho que sempre vinha da cozinha.
Olhei para o lado e vi minha esposa dormindo profundamente, feito um anjinho de pedra!
Raspei a garganta, fiz barulho tentando acordá-la. Nada!
Fui para o trabalho irritado de barriga vazia.
O local de trabalho ficava a uns 5 minutos do apartamento que alugámos.
Ao sentar-me na mesa de trabalho, sentindo o estômago a roncar, abri a bíblia no seguinte trecho:
“O que quereis que os homens vos façam, fazei-o também a eles”(Lc 6, 31).

Disse para mim mesmo:
“Senhor não precisa dizer mais nada.”

Lá pelas 9:00 horas da manhã, hora em que podia tirar alguns minutos para o café, dei um jeito de ir até ao apartamento, não sem antes passar numa padaria e comprar algumas guloseimas. Preparei o café da manhã e levei-o à cama. Ela acordou com aquele sorriso tão lindo!

Estamos para completar bodas de prata. Nestes quase 25 anos de casamento, continuo repetindo esse gesto todos os dias. E com muito amor!
Estou longe de ser um bom marido, mas a cada dia esforço-me ao máximo…
Tenho muito a melhorar, tenho de ser mais santo, mais carinhoso. Sinto-me ainda longe disso pois o modelo que estou mirando é Jesus:
“Maridos amai as vossas esposas, como Jesus amou a Igreja e se entregou por ela”(Ef. 5, 25).

O matrimónio é um desafio, pois a todo o momento temos de perdoar e pedir perdão.
A cada dia temos de buscar forças em Jesus, pois sem Ele nada podemos fazer.
Quando Paulo se despedia dos cristãos em Éfeso citou uma bela frase d e Jesus:
“É maior felicidade dar que receber”(Act. 20, 35)

Quando se descobre isso no matrimónio, descobre-se o princípio da felicidade.
Porquê muitos casamentos não vão adiante?
Porque o egoísmo tomou conta do casal.
É o “cada um por si” que vigora. Estamos na sociedade do descartável: copo descartável, prato descartável, etc.
As pessoas não são descartáveis, porém, o que não é descartável precisa de ser cuidado para ser durável.
O mundo precisa do testemunho dos casais, de que o matrimónio vale a pena!
E para que isso aconteça, é necessário um cuidado amoroso e carinhoso por parte do marido e da esposa. Ambos têm o dever de cuidar um do outro com renovados gestos de carinho e perdão diariamente.
É preciso declarar o amor todos os dias, em gestos e palavras. A 1ª palavra que sempre digo para minha esposa ao iniciar o dia é: “Eu amo você”.
Não é fácil dizer isso às vezes, pois muitas vezes acordo de mal comigo mesmo.
Então faço uma oração ao Espírito Santo e Ele me dá a força do amor para amar naquele dia. Recebo de Deus a força do perdão.
Faça isso agora também.
Declare o seu amor!
Aos solteiros e aos que ainda não se casaram, quero dizer o seguinte:
“Se estiver pensando em se casar para ser feliz, não se case! Fique como está, solteiro mesmo. Mas se a sua intenção é casar para fazer alguém feliz, case-se e será a pessoa mais feliz do mundo”.

O segredo da felicidade é fazer o outro feliz!
Quem disse isso foi Aquele que mais entende de felicidade: “JESUS”.



Mais palavras para quê?
Sorriso.